Desde cedo a situação estratégica de Almeida serviu de pano de fundo à fixação da população por entre todas as vicissitudes da história.
 

O território   do concelho reparte-se entre as planuras e as profundezas do vale do rio Côa. 
 
Os vestígios da ocupação humana perdem-se na pré-história. Contudo, a maior visibilidade de testemunhos marcam-se a partir de um facto incontornável: a localização estratégica do lugar.

É inevitável fazer uma abordagem histórica do topónimo “Almeida” sem passarmos pelas referências muçulmanas. Para alguns historiadores, a palavra deriva do árabe “al meda” ou até “talameyda” que significava “mesa” numa clara alusão aoterritório planáltico do lugar. 

Para outros, a palavra deriva de “atmeidan” que significaria “campo” 

 ou “lugar de corrida de cavalos” uma actividadetão comum por entre o povo árabe. 

Almeida foi sempre marcada por uma história de consolidação de territórios. Desde sempre foi ponto de contenda territorial mas a grande afirmação  histórica tem início durante a Reconquista Cristã.

O lugar deveria ter sido tomado aos mouros, pela primeira vez, por D. Fernando Magno de Castela em 1039. Sem dúvidas históricas foi a tomada de Almeida pelo rei D. Dinis em 1296 onde se incluem os territórios da margem direita do Côa. O território definido veio a ser confirmado pelo Tratado de Alcanizes tendo D. Manuel estabelecido o foral em 1510.

A vila de Almeida está rodeada por um polígono defensivo de forma hexagonal de muralhas que constituem um raro exemplarda arquitectura militar.

Da história da região ficam factos importantes que marcaram a individualidade do território e da nação de Portugal. Para trás ficou a crise dinástica de D. Fernando e as guerras da Restauração tendo D. João IV reforçado a sua defesa.
 
Na terceira invasão francesa, Massena cercou a praça em 1810. Almeida aguentou com valentia mas a explosão de um paiol desmoralizou o governador da praça Costa e Almeida que acabou por entregar a vila. Em 1811 Wellington sitia e retoma a praça.
 
Durante as lutas liberais, o conde de Bonfim revoltou-se contra o ministério cabralista e refugiou-se na vila com outros revoltosos entre os quais José Estêvão.
 
O barão da Fonte Nova pôs-lhe cerco fazendo-os capitular em 1844 exilando-se Bonfim em Espanha.